Confraria Franciscana se reúne para degustar rótulos neozelandeses

Quando pensamos em um país de contrastes naturais, certamente podemos lembrar a Nova Zelândia – começando pelo litoral incrível, passando por suas montanhas com cumes nevados e florestas nativas densas. O país abriga hoje regiões vinícolas em expansão que ocupam uma extensão de 1.600 km. Seus vinhedos crescem em micro climas com extrema diversidade, assim como os tipos de solo – produzindo uma gama imensa de variedades de estilos. A parcela equivalente dessa ocupação no hemisfério norte, para se ter uma ideia, seria como ir de Bordeaux até o sul da Espanha.

E foi sobre esse lugar ímpar e seus vinhos que tivemos o prazer de aprender na geraltarde de ontem. Mais uma vez, a Confraria Franciscana se reuniu no restaurante Dom Francisco, na 402 sul, para um encontro de estudos e degustação de rótulos excepcionais vindos do país. A produção neozelandesa é hoje reconhecida mundialmente e contribui diretamente para consolidar os vinhos de Chardonnay, Pinot Noir, além dos espumantes elaborados pelo método tradicional, Riesling, cortes de Cabernet Sauvignon e Merlot, colocando o país na posição de um dos melhores produtores de classe internacional.

Ao todo, o país abriga dez regiões vinícolas de maior relevância, sendo que cada uma apresenta um tipo diferente de clima e de solo – tornando o lugar conheciddezregioeso no quesito diversidade. São elas: Northland, Auckland, Waikato/Bay of Plenty, Gisborne, Hawkes Bay, Wellington, Nelson, Marlborough, Canterbury e Central Otago.

Hoje, cerca de 42% da área de vinhedos cultivados na Nova Zelândia  são de Sauvignon Blanc – atualmente, tido como referência definitiva para essa variedade e considerada a grande uva do país. Atualmente, estão em atividade na Nova Zelândia cerca 550 vinícolas que exportam 70 milhões de litros por ano, o equivalente a 53,5% da produção interna.

Para quem ficou interessado, destaco os meus 5 vinhos favoritos de ontem:

1º Craggy Range Sophia 2009sofia

Este vinho é pura elegância! No olfato estão presentes frutas negras frescas como amoras, cassis, violeta e especiarias tostadas. Excelente equilíbrio em boca, harmonizando com longo e inspirador final.

Hawke’s Bay é a segunda maior vinícola da região vitivinícola da Nova Zelândia. Sua localização e seu clima quente resultam em ricos e clássicos Merlots e Cabernet Sauvignon nas grandes safras, potentes Chardonnays, Sauvignon Blanc raçudos e Pinot Noir incríveis.(R$ 359,00)

2º Stonyridge Luna Negra Malbec, 2009

stonyEste vinho 100% Malbec é excepcional, e posso dizer que foi um dos melhores Malbec’s que já degustei, pela elegância e estrutura e um “quê” de velho mundo. Seus aromas herbáceos, com toques de baunilha e notas florais são encantadores, e na boca apresenta taninos macios, acidez muito boa e equilíbrio, com final longo e frutado.

A vinícola Stonyridge é famosa pela produção de vinhos considerados o “cult wine” da Nova Zelândia.(R$ 350,00)

3º Wild Rock – Gravel Pit Red , 2008wildrock

Blend muito interessante de 71% Merlot, 4%Malbec e Cabernet Franc para finalizar. Um vinho elegante, com ótima intensidade de aroma e muito frescor. Gostei deste vinho por sua complexidade e intensidade aromática de frutas negras frescas. (R$ 134,00)

4º Schubert Syrah 2008

syrahProduzido pela Schubert Wines- Wairarapa, este vinho encantou de cara! Aromas de frutas negras e vermelhas maduras, notas florais, terrosas e de especiarias picantes, além de toques herbáceos e de ervas secas. Vinho frutado, estruturado, equilibrado, com ótima acidez, taninos finos e delicados, com final longo. Este vinho me encantou por possuir um estilo clássico, lembrando os Syrah do norte do Cote Du Rhône.(R$ 270,00)

5º Soleria – Malamado Zuccardisoleria

Maravilhoso vinho fortificado e licoroso de Torrontés com estágio de três anos em barricas de carvalho. Lembrou-me um dos melhores Jerez que já degustei na vida. Seus aromas são intensos e muito complexos, indo de flores, frutas brancas secas, mel, madeira, amêndoas á especiarias. Na boca é opulento e com enorme volume, sua doçura completa o conjunto. Final marcante e longo.

A dica do Confrade Joaldo Lima é para fazer uma experiência com charutos e Soleria. Eu, como apreciadora de charutos considerei ótima idéia, mas uma pena que este vinho da Zuccardi não esteja disponível para venda no Brasil. (valor não mencionado)

Agora a relação completa dos rótulos degustados:

1º   Hunter’s – Miru Miru
2º  Stonecroft Old Vine Gewürztraminer, safra 2007
3ª Wild Rock – Gravel Pit Red, safra  2008
4º  Teliani Valley Saperavi Mukuzani  (Intruso)
5º  Stonyridge Luna Negra Malbec, 2009
Craggy Range Te Kahu Gimblett Gravels 2010
7º Schubert Syrah 2008
8º Craggy Range Sophia 2008
9º  Soleria – Malamado Zuccardi  (Intruso)

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Sueli Maestri

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