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Rafael Sá, sommelier da Pires de Sá Vinhos, fala sobre os apaixonantes rótulos italianos

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Rafael Sá, sommelier da Pires de Sá Vinhos

A história do vinho italiano se funde com a própria história da Itália, sendo uma bebida capaz de expressar, por sua qualidade, a mais autêntica personalidade e identidade de seu território.   Com uma bagagem de mais de 3 mil anos de história no cultivo e elaboração de vinho, o país atualmente chega à uma produção elevadíssima de cerca de 4,5 bilhões de litros/ano.

E para falar desses maravilhosos vinhos,  Rafael Sá, sommelier  da Pires de Sá Vinhos, conta que, hoje, a Itália é dividida em regiões que são regidas por uma rigorosa legislação.

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Dentro das regiões, uvas específicas de cultivo. “Uma uva do sul não pode ser produzida no norte devido à diferença climática” conta Rafael. No Piemonte, região mais fria, as uvas são encorpadas, e lá quem domina é a rainha das uvas , a  Nebbiolo, responsável pelo famoso Barolo e Barbaresco. Mas também no Piemonte, as videiras de  Barbera, Dolcetto e tantas outras, dominam a paisagem local. Já no centro, o clima é mais ameno. É a região da Toscana, famosa pelos Brunellos e Chiantis, feitos com a Sangiovese, uva de médio corpo. E, no sul, que é uma região muito quente, as uvas são colhidas bem novas e seus níveis de açúcar tendem a ser mais alto, assim como seus níveis de acidez. Há a Primitivo, a Negramaro e a Shiraz. Na Costa Malfitana, há os rosés – geralmente feitos de Shiraz –  e os brancos – feitos de Chardonnay.

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Existem três tipos de vinho: o vino da tavola – teoricamente, um vinho popular, simples. Também pode ser um vinho que foge das uvas da região. Há o vinho DOC – Denominazione di Origine Controlata. Nele, o cliente tem certeza de que o vinho foi feito com uvas da região. Por fim, o DOCG – feito com uvas da região, em uma área demarcada, com produção limitada e sempre seguindo um critério de produção específico.

Já a harmonização da Europa é mais fácil de ser feita, porque o vinho é feito para harmonizar com a comida da região. No norte, pratos fortes, como javali, porco e  trufas, caem bem com os vinhos encorpados e tânicos. No sul, as harmonizações são feitas com peixes e frutos do mar, portanto, pedem um Chardonnay ou um Rosé. Na Toscana, os pratos típicos são as massas, geralmente à base de molho de tomate.

Portanto, pedem um vinho meio termo, nem pesado, nem leve. Por fim, Rafael indica três rótulos ideais para quem quer imergir no mundo dos italianos: o Barolo Pietro Rinaldi DOCG, o Chardonnay di Puglia Marfi e o Primitivo del Salento 12 E Mezzo.

Texto: Rafael Sá
Edição: Su Maestri
logo vinho capital
Imagens: Divulgação

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