Rafael

Vinhos cheios de frescor e a pedida para a primavera

Com a chegada da primavera no dia 22 de setembro,  o sommelier Rafael Sá, da Pires de Sá Vinhos, separou alguns rótulos  especiais para esta época do ano, que trás dias mais quentes e secos. “Pensamos muito nos pratos e nas combinações possíveis de vinhos – e, de fato, sempre tem um vinho específico para determinado tipo de comida. Mas devemos levar em conta o clima e não só o alimento. A primavera é uma estação quente. Particularmente para Brasília, é seca, com chuva só depois de outubro. Isso se a seca não se estender. Por mais que a comida peça um vinho muito encorpado, ele será muito pesado para o clima. A não ser que seja um ambiente climatizado, com ar condicionado. O ideal, portanto, é dar preferência para vinhos mais leves, mais frutados, que tenham a pegada do clima seco e quente”, explica.

Rafael diz que a escolha perfeita são os espumantes, sempre servidos gelados. Eles combinam com todos os tipos de pratos, desde entradas até sobremesas. “Pode ser um Brut, um Demi-Sec e até um Moscatel, mas sempre servido na temperatura ideal, que é de 6 graus.” Espumantes fora da temperatura ficam alcoólicos demais e muito gasosos. Caso não haja como medir a temperatura da garrafa perfeitamente, o ideal é molhá-la com água, ainda em temperatura ambiente, e deixá-la resfriando no freezer por 40 minutos.

E, por ser a estação mais florida do ano, os rosés e brancos também são estrelas, porque ressaltam muito a fruta e o frescor das flores. “São frescos, fáceis de beber e não são geralmente muito alcoólicos, condizendo com o clima.” Uma ótima uva é a Gewürztraminer, oriunda da Alsácia, muito floral e não frutada, com toques minerais, tanto na boca quanto no aroma. “A Casa Valduga produz o famoso Identidade, que só sai em pequena escala e safras especiais

Vale a pena.” Quanto aos rosés, há diversos estilos, mas o ideal são os provençais, que têm a cor mais salmão, típica das flores que nascem nesta época. “Super elegante, porque mescla acidez com frescor e sabor frutado.” Mas, para facilitar o acesso, Rafael indica um rosé excelente da América do Sul: o Maquis Rosé, chileno, que mescla Malbec com Cabernet Franc. Há ainda o Rosé D’Anjou Remy Pannier, vinho do Vale do Loire. Ele é rico em frutas e bem fresco.

Para não errar na hora de servir o vinho, veja a tabela de temperatura:

Espumantes e champanhes secos e doces : de 6° a 8°C
Brancos leves: de 6° a 8°C
Brancos de médio corpo: de 9° a 11°C
Brancos encorpados e licorosos: de 10° a 12°C
Roses: de 6° a 8°C
Tintos leves: de 10° a 12°C

Edição: Su Maestri

Compartilhe:

Compartilhe

Comentários

Comentários

Veja Também

Quem Escreve

Sueli Maestri

Sueli Maestri

Nathália Maestri

Nathália Maestri

Categorias

Somos um Blog Associado ao Wine Media Awards e ao Enoblogs.

Veja também

Em Alta