O que torna uma colheita extraordinária? Não basta apenas tecnologia de ponta e técnicas excelentes de viticultura se não houver um fator fundamental a este sucesso: o clima. Foi este clima excepcional, com inverno chuvoso, primavera seca, e ligeiramente mais fresca que o habitual, um verão com dias quentes e noites frescas, e outono com temperaturas moderadas que permitiram à Concha Y Toro uma qualidade única em vinhos tintos, como raramente já foi vista. Graças a estas equilibradas condições climáticas e à qualidade da uva, pode-se dizer que esta foi uma das melhores colheitas dos últimos tempos para a vinícola chilena, resultando em vinhos com notável explosão aromática.
Para realçar estas condições excepcionais, a Concha y Toro lançou a campanha “Colheita Extraordinária 2018” que inclui as linhas Super Premium e Premium da vinha – Casillero del Diablo, Gran Reserva Serie Riberas e Marques de Casa Concha – em suas safras 2018 das variedades tintas Cabernet Sauvignon, Carmenere, Malbec, Syrah, Merlot e Pinot Noir. É, portanto, uma aposta que se traduz em uma ação com ativação nos pontos de vendas, e com a implementação de uma plataforma interativa através do site www.desafieseussentidos.
Marcelo Papa, Diretor Técnico da Concha y Toro, classifica a safra 2018 dos vinhos tintos da vinha como uma “colheita extraordinária”. “É uma colheita única para os vinhos tintos, não só pelas excepcionais qualidades da época, mas também porque resultou em vinhos com magnífica profundidade, taninos polidos e grande força. Os vinhos apresentam muito boa cor, fruta madura e boas concentrações. Eles têm uma frescura subjacente impressionante, mas ao mesmo tempo grande caráter e personalidade ”, explica o enólogo.
Os fatores do sucesso
As condições climáticas imbatíveis que ocorreram no Chile durante a temporada 2017-2018, com uma primavera ensolarada e um verão moderado, determinaram o cenário ideal para poder considerar esta safra extraordinária. A temporada apresentou-se sem grandes inconvenientes, permitindo que as diferentes castas de uva se desenvolvessem e atingissem o seu ponto ótimo de maturação na altura da vindima. Nessa temporada, as condições climáticas perfeitas para a produção de castas tintas surgiram naturalmente.
“O clima que tivemos no segundo semestre de 2017 e na primeira parte de 2018 antes da colheita foi muito bom, principalmente nas áreas mais adentro do Vale Central, especificamente nos vales do Maipo, Rapel, Curicó e Maule”, aponta Marcelo Papa
Desta forma, na primavera as vinhas se desenvolveram sem pressa, com temperaturas um pouco mais baixas que o habitual e sem presença de chuva. “Todo o ciclo decorreu de forma calma e natural, cada fator climático nas diferentes estações do ano foi necessário para o benefício das nossas vinhas. Isso nos permitiu um bom desenvolvimento da planta, já que crescia sem nenhum estresse, com total prazer”, diz Marcelo.
Há que se lembrar também que não bastam apenas os benefícios da natureza para se denominar uma colheita como “extraordinária”, mas também a habilidade de uma equipe de especialistas. Além da boa qualidade das uvas obtidas, a experiente equipe da Concha y Toro trabalhou meticulosamente em cada vale para iniciar a vindima na época certa, sem pressa nem riscos, atingindo os mais elevados padrões de qualidade, obtendo vinhos equilibrados, com aromas de cerejas, cassis, figos, amoras e violetas, em grande concentração e equilíbrio, boa estrutura, finesse e taninos maduros.
Marques de Casa Concha 2018
Variedade: 100% Pinot Noir
Envase: Março de 2019
Alcool: 14%
Enólogo: Marcelo Papa
Vinhedo: San Julián, Vale do Limarí
O vinhedo San Julián está localizado a 190 m acima do nível do mar, e a 30 quilômetros do Oceano Pacífico, na margem sul do rio Limarí. Os solos argilosos são ricos em carbonato de cálcio. As temperaturas são frias e as manhãs nubladas, o que permite que a fruta amadureça lentamente e dê origem a vinhos frescos. As videiras Pinot Noir vêm dos clones 777 e 113 (Dijon) e são treliçadas para a posição vertical do rebento.
Ano de plantio: 2006 a 2009
Solo – Aluvial, argila siltosa com substratros de pedras arredondadas, base de carbonato de cálcio e pouca matéria orgânica.
Clima – Costeiro. As brisas frescas da costa sopram diretamente para o vale e moderam as temperaturas. A combinação da temperatura, as nuvens matinais típicas e luz solar direta sobre as uvas durante a maior parte do dia permitem que amadureçam lentamente e, assim, produzam vinhos mais frescos.
Colheita – Manual, segunda semana de fevereiro de 2018
Vinhedo – Puente Alto
Vinificação – Os cachos foram selecionados, desengaçados e cuidadosamente colocados em tanques de aço inoxidável com tampa aberta para uma fermentação de 10-12 dias, que incluiu maceração fria de 7 dias. Uma pequena percentagem dos lotes foi fermentada com caules. A fermentação malolática ocorreu naturalmente.
Envelhecimento: onze meses em barris de carvalho francês
Potencial de guarda: para beber agora ou guardar até 2024
Notas de degustação – Delicado vermelho escuro. O nariz apresenta aromas concentrados de cerejas e framboesas. Na boca oferece textura requintada e sabores complexos de cerejas, framboesas, alcaçuz com notável estrutura. Se mostra exuberante, fino e delicado. Muito versátil, acompanha bem carnes brancas como coelho, porco ou codorna e também peixes gordos e mariscos em preparações leves e delicadas. Também se sai bem com pratos asiáticos, como refogados e molho ao curry suave.
Gran Reserva – Série Riberas
Variedade: Carmenère, 86,6% e 13,4 % Cabernet Sauvignon
Envase: Janeiro de 2018
Alcool: 13,8 vol %
Safra: 2018
Enólogo: Marcio Ramirez
Vinhedo: Vinha Peumo, Vale do Cachapoal
A vinha Peumo está localizada a 170 m acima do nível do mar e se estende ao longo do Rio Cachapoal e das colinas da Serra do Litoral. As vinhas são provenientes de uma seleção de campo pré-filoxera e estão posicionadas verticalmente. Os solos são profundos e capazes de reter água devido a uma camada superior de argila. Isso ajuda a controlar o vigor e o crescimento da videira e permite que ela permaneça ativa até a colheita no final de maio.
Ano de plantio: 1990 a 2010
Solo: origem aluvial, textura de argila siltosa profunda
Clima: Mediterrãneo, com estiagem prolongada. As temperaturas são amenas durante o dia e temperadas à noite, sem extremos, influenciada pelo Rio Cachapoal e pelo Lago Rapel
Colheita – Manual, 11 a 24 de maio de 2018
Vinificação – Os cachos selecionados são desengaçados e cuidadosamente colocados em tanques de aço inoxidável para fermentação ao longo de 8–10 dias. A fermentação malolática ocorre naturalmente. O vinho estagia em barricas de carvalho francês e americano. A estabilização ocorre naturalmente, sem tratamentos à medida que o vinho envelhece em barricas.
Envelhecimento: dez meses em barris de carvalho francês (80%) e americano (20%)
Potencial de guarda: para beber agora e até 2024
Notas de degustação: cor púrpura escura e profunda, com aromas de cerejas, cassis, cedro, amoras e ligeiro toque de pimenta negra e branca. O paladar é firme e sedoso, com sabores profundamente concentrados, final em boca longo e persistente. Ideal para acompanhar carnes vermelhas, pratos mexicanos de tempero leve e queijos curados.
Casillero del Diablo 2018
Variedade: Cabernet Sauvignon
Origem: Vale Central
Cor: Rubi intenso
Notas de degustação: cerejas, groselha negra e ameixa, carvalho tostado
Em boca é redondo, com presença de taninos suaves e delicados, dando lugar a uma acidez que equilibra toda a gama de sabores e notas. Vai bem com carnes vermelhas, pratos picantes e queijos maduros, como Gruyere ou queijo azul.
Edição: Su Maestri
Imagem: Divulgação