ABE garante sigilo absoluto para uso inteligente e exige termo de responsabilidade dos enólogos para uso exclusivo
‘Todo vinho tem marca. A marca da dedicação de um enólogo’. Esta é a bandeira da Associação Brasileira de Enologia (ABE), que desde 1976 não mede esforços para garantir aos seus associados ferramentas capazes de ampliar o conhecimento técnico em cada etapa do processo de elaboração de vinhos e espumantes. Levando em consideração que o espumante é a bebida que abriu as portas do Brasil para o mundo, a entidade aproveitou o 11º Concurso do Espumante Brasileiro, realizado em outubro do ano passado, para estartar um projeto ousado e único no mundo, com dados gerais do produto. É o Banco de Dados do Espumante Brasileiro, que será lançado dia 26 de novembro durante uma live restrita aos enólogos que fazem parte do quadro social da ABE.
O projeto tem como objetivo central propiciar o acesso de informações técnicas em torno da bebida. O estudo levou em conta mais de 250 amostras em diversas categorias como Brut, Extra Brut, Nature, Rosé Brut e Moscatel, todas inscritas no concurso. As informações de marca comercial e da empresa que elaborou os espumantes são estritamente confidenciais, e os enólogos terão acesso só aos dados analíticos e outros parâmetros solicitados por ocasião da inscrição das amostras. Isso porque o objetivo é gerar um panorama do espumante brasileiro para que os profissionais possam conhecer ainda mais esta bebida que conquistou o mundo. Por meio de gráficos e análises estatísticas simples pode-se obter uma radiografia do espumante brasileiro apresentadas no 11º Concurso do Espumante Brasileiro.
Para tirar o projeto do papel foi necessário buscar um parceiro técnico capaz de dar todo suporte necessário para analisar as informações. O Laboratório Lavin, com expertise no ramo por meio de tecnologia de ponta e uma equipe de especialistas de diferentes competências e qualificações, é o partner da ABE no processo. Acreditado pelo Inmetro e reconhecido pela Rede Metrológica para ensaios da ABNT, o Lavin foi decisivo para concretizar o projeto. O Banco de Dados reúne informações do espumante brasileiro como acidez total, pH, pressão, álcool, açúcares redutores, tempo em tanque, tempo em garrafa, entre outros.
“Este é mais um serviço que a ABE disponibiliza aos enólogos associados. Apostamos nesta iniciativa porque temos certeza de que o vinho brasileiro vive um momento histórico que é reflexo de todos os investimentos feitos até hoje pela indústria nacional, desde o vinhedo até o mercado. E o enólogo, protagonista desse processo, é parte fundamental para garantir a continuidade da evolução do setor”, destaca o presidente da ABE, enólogo Daniel Salvador.
Edição: Su Maestri
Foto: Jeferson Soldi