É vindima no Rio Grande do Sul. A Miolo vive sua 32ª colheita da uva. Durante os três primeiros meses do ano, a rotina gira em torno dos vinhedos, acompanhando a maturação das uvas, cada uma em seu tempo exato de colheita, um trabalho a muitas mãos que envolve engenheiros agrônomos uma equipe técnica de 40 profissionais que atuam nas unidades do Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves, Seival em Candiota, na Campanha Meridional e Almadén em Santana do Livramento, na Campanha Central. Para dar conta desta grande operação, a Miolo Wine Group está gerando 150 empregos temporários, 120 deles somente na Almadén, onde são cultivados mais de 4 milhões de quilos de uvas em 450 hectares, no maior e mais antigo vinhedo de castas viníferas do Brasil.
Neste período, a vida dos envolvidos parece parar no tempo. A vinha é que dita o andamento dos trabalhos. A colheita de uvas de variedades precoces, como a branca Chardonnay e a tinta Pinot Noir, utilizadas para a elaboração do vinho base espumante, recém foi finalizada. Agora, começa a colheita da tinta Gamay, exclusiva da Miolo no Brasil e que gerou um dos rótulos de maior sucesso de 2020, o primeiro com o Selo The Vegan Society, ou seja, 100% vegano e livre de alergênicos, feito com SO2 free e levedura selvagem. No final de janeiro, início de fevereiro, será a vez das castas intermediárias como a Merlot, e na sequência, em março, as tardias – Cabernet Sauvignon e Tannat, por exemplo -, ideais para vinhos mais nobres.
Para dar conta desta grande empreitada, as contratações começaram ainda em dezembro, mas é no mês de fevereiro – alta da vindima – que se intensificam. Esta mega operação envolve mais de 400 colhedores, num intenso trabalho alinhado com a maturação das uvas. Flávio de Moura Franscisconi é um dos contratados. Ele, que está trabalhando na unidade do Vale dos Vinhedos, comemora esta safra com a notícia de que será efetivado, prevendo um 2021 seguro, com maior estabilidade no emprego. “A safra deste ano começou me trazendo um presente. Vou poder trabalhar e ir para casa curtir a minha família”, comentou. Francisconi, que já havia trabalhado na Miolo, aproveitou a oportunidade de uma vaga temporária para mostrar seu trabalho e garantir sua permanência na empresa. Segundo o Supervisor de viticultura Jonatas Pedrotti, o período da vindima é também um momento de partilhar esta cultura da uva com pessoas de diferentes procedências, com ou sem experiência. “É quando reencontramos pessoas que todos os anos vêm pra Miolo para ajudar na colheita, mas é também quando fazemos novas amizades e partilhamos esta cultura com quem nunca viveu uma experiência assim. Podemos dizer que é um verdadeiro mutirão para colher cada cacho. Muitos se apaixonam e nunca mais perdem os laços com este universo”, destaca.
Miolo chega aos 32 anos como a vinícola brasileira com maior presença no mundo, exportando para mais de 30 países de todos os continentes. É o maior exportador de vinhos finos do Brasil. De 30 hectares em 1989, a Miolo cultiva hoje, cerca de 950 hectares de vinhedos em quatro terroirs brasileiros: Vale dos Vinhedos (Serra Gaúcha), Seival/Candiota (Campanha Meridional), Almadén/Santana do Livramento (Campanha Central) e Terranova/Casa Nova (Vale do São Francisco), sendo a única empresa do setor genuinamente brasileira com atuação em quatro diferentes regiões produtoras. Com uma produção anual de cerca de 10 a 12 milhões de litros, é a marca que detém o maior portfólio de rótulos de vinhos finos, exibindo centenas de prêmios conquistados no mundo inteiro.
Em Casa Nova (BA), onde o cultivo é controlado por sistema de gotejamento com águas irrigadas do São Chico, o calendário de colheita é um pouco diferente. Lá, são duas safras por ano. Uma de abril a julho e outro de setembro a janeiro.
Imagens: Divulgação Miolo