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Café: produção sustentável ganha espaço no Brasil

O Brasil é um dos maiores produtores, exportadores e consumidores de café do mundo, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). Com uma participação no mercado mundial tão expressiva, os produtores brasileiros ganham cada vez mais oportunidades, dando a eles a chance de diferenciar seus produtos no mercado, inovando no processo de produção. Dentro desse contexto, um nicho tem se destacado, é a produção do café sustentável.

Tendência: produção de café sustentável ganha espaçoEntende-se por café sustentável aquele que no qual os processos de produção, serviços ou métodos de gestão tragam resultados positivos para a sociedade e o meio ambiente. Através por exemplo da redução de riscos ambientais, poluição e outros impactos negativos do uso de recursos. A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) avalia que os cafés com certificados socioambientais já representam mais de 15% da produção brasileira, de 60 milhões de sacas por ano.

O negócio precisa ser, simultaneamente, eficiente em termos econômicos, respeitar a capacidade de suporte do meio ambiente e ser, ainda, instrumento de justiça social, promovendo a inclusão social. A relação entre inovação e sustentabilidade pode ser entendida como sendo aquela que cria valor agregado sem comprometer o equilíbrio entre os aspectos econômico, ambiental e social das empresas.

Medidas sustentáveis

Em Brasília, o Café Export, marca que está no mercado há 37 anos, caminha para uma produção sustentável com iniciativas importantes. Buscando cada vez mais fornecer um café sustentável, levando em consideração aspectos sociais, ambientais e econômicos, a empresa tem buscado adotar medidas que diminuam os impactos do processo de produção no meio ambiente. “Aqui no Café Export, buscamos valorizar todas as fases do processo de produção, indo desde a plantação do grão e cuidado com a terra até a venda do produto para nossos consumidores finais. Em cada etapa desse processo, adotamos medidas a fim de diminuir impactos ambientais e valorizar nossos colaboradores”, conta Carla Lopes, diretora administrativa do Café Export.

Entre as medidas adotadas na questão ambiental, uso de energia limpa, por meio de placas solares, reutilização da água da chuva para limpeza do chão, reciclagem de embalagens fazendo sacolas, gerenciamento de frota/ radar, caminhões com controle de consumo de combustível e consequentemente de emissão de gases poluentes, coleta seletiva de lixo certificada e rastreada, sendo duas empresas, uma de lixo não reciclável e outra de lixo reciclável, toda madeira utilizada nas fornalhas são certificadas como madeiras de reflorestamento, entre outras medidas.

Já nas questões sociais, a empresa disponibiliza uma horta comunitária para os colaboradores e tem compromisso rigoroso com a carga horária dos colaboradores, dando a devida valorização dos mesmos e os respeitando. “Nosso compromisso é sempre levar o bem-estar de quem veste a camisa da marca, isso é fundamental para o desenvolvimento do nosso negócio e da qualidade de vida”, complementa Carla.

As certificações

Os cafeicultores que quiserem investir na produção sustentável precisam solicitar a certificação à Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), que reconhece a produção com o selo Cafés Sustentáveis do Brasil. O programa certifica produtos por meio de uma rastreabilidade assegurada desde a produção até a industrialização, o que o torna único no mundo. Além do selo da ABIC, outros selos validam a produção do café sustentável, como Rainforest Alliance Certified e o Fairtrade.

“A parcela de empresas que produz café sustentável ainda é muito pequena, essa forma de produzir segue uma regulamentação específica com recomendações para plantio, cuidados com a lavoura, colheita, armazenamento, torrefação e até mesmo, a forma como o colaborador é contratado e exerce suas atividades. Aqueles que seguem a regulamentação podem ganhar o selo da ABIC, da Rainforest Alliance Certified ou o Fairtrade. Isso varia de acordo com as práticas que a empresa decide seguir, o ponto positivo é que esses selos geram mais credibilidade aos produtos vendidos”, explica o empresário, gastrólogo co-agricultor orgânico Caio Nascimento.

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