O setor de bares e restaurantes, um dos mais duramente atingidos pela pandemia, começa a mostrar sinais de recuperação, mas ainda tem parcela significativa operando no prejuízo: 37% em média, chegando a assustadores 50% em São Paulo. Neste cenário, Solmucci diz que o reajuste anunciado pela cervejaria, embora compreensível em função da alta nos insumos e do dólar, não é desejável e nem bem recebido. “O setor está hiper pressionado por aumento de custos na luz, no aluguel, nos alimentos, no combustível, que afeta o delivery, por exemplo. Não suporta novo aumento sem repassar para o consumidor. É o que acreditamos que vai acontecer instantaneamente”, afirma.
Para o presidente da Abrasel, o reajuste proposto pela Ambev abre as portas para que as outras cervejarias façam o mesmo. “Há uma referência de preços no mercado ditada pela Ambev. Quando ela aumenta, as concorrentes acompanham a decisão”, finaliza.