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Cdial Halal: Em 2021, empresas brasileiras certificadas crescem 53%

Não é de hoje que os países do eixo árabe-muçulmano têm se mostrado um mercado promissor às empresas brasileiras, o que tem fortalecido e ampliado a relação comercial entre o Brasil e esses países.  Porém, para que esses negócios possam se concretizar, empresas de qualquer setor precisam obter o selo halal, que comprova a qualidade, procedência e que seus produtos atendem a todos os quesitos exigidos pela religião islâmica. O potencial desse mercado é indiscutível – representa quase 1/3 da população mundial e, o halal, deve movimentar em torno de US$ 5,74 trilhões até 2024, de acordo com dados do State of the Global Islamic Economy. Mesmo Cdial Halal: Em 2021, empresas brasileiras certificadas crescem mais de 50% sendo um dos principais exportadores de produtos halal do mundo, cada vez mais empresas brasileiras buscam se adequar para comercializar com esses países. Prova disso, foi o crescimento expressivo das empresas certificadas pela Cdial Halal no último ano: um aumento de 53% entre 2020 e 2021.

Além do quantitativo, diferentes setores da indústria brasileiras começaram a enxergar o potencial do mercado halal nos últimos anos. Em 2017, as empresas do setor de proteína animal dominavam as certificações, o que começou a se diversificar e, em 2019, as certificações da Cdial Halal eram dominadas pelas empresas dos segmentos de produtos químicos e alimentos industrializados.

Em 2020, as empresas no setor de proteína animal voltaram a liderar, com crescimento de 75% na quantidade de empresas certificadas. Este setor inclui todas as atividades após a criação de animais de abate, aves domésticas, ovos, laticínios e peixes.

Os demais segmentos que lideram as certificações são as empresas de processamento, alimentos industrializados, açúcar e outros, que tiveram 80% de crescimento entre as certificações entre 2020 e 2021.

Outro segmento de destaque foi de fabricação de químico e bioquímico, como aditivos alimentares, agentes de limpeza, dentre outros, os quais, no mesmo período, tiveram crescimento de 61% na Cdial Halal.

Mas é importante ressaltar setores que mais recentemente começaram a certificação para exportar produtos halal, como alimentos para animais e fabricação de outros materiais, como cosméticos, têxteis, produtos de couro, dentre outros.

Dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira apontam que as exportações brasileiras para os países árabes somaram em 2021 US$ 14,42 bilhões, alta de 26,15% em relação a 2020, o que representa o melhor resultado dos últimos oito anos.

Entre os principais produtos brasileiros exportados para os países árabes em 2021, destaque para minério de ferro, com vendas de US$ 3,83 bilhões, um acréscimo de 172% em relação a 2020. Já o frango e sua miudezas as vendas somaram US$ 2,42 bilhões, com aumento de 21,59% em relação ao ano anterior. E a soja, cujas exportações somaram US$ 638,13 milhões, uma alta de 97,49%.

O diretor de operações da Cdial Halal, Ahmad Mohamad Saifi, explica que o Brasil conquistou a confiança desse mercado, tendo em vista a qualidade e o rigor na legislação e produção brasileiras, o que tem fortalecido a relação do Brasil com esses países, além de abrir oportunidades. “Temos destaque na exportação de proteína animal, por exemplo, a liderança na exportação de carne de frango halal. Porém, as indústrias brasileiras de diversos setores têm enorme potencial para explorar esse mercado em ascensão, como fármacos, cosméticos, dentre outras”, explica.

E completa: “Importante ressaltar que o processo de certificação analisa toda a cadeia, como a matéria-prima, insumos, transporte e armazenamento, para garantir, dentre outras coisas, que não haja contaminação cruzada com produtos ilícitos, como a carne suína”.

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Sueli Maestri

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