Durante a 2ª Convenção Mundial das Mulheres do Vinho, Janice Rota representou a CCIRS no Fórum Mundial do Simei Milano 2022.
Janice Rota, da Câmara de Comércio Italiana – CCIRS, juntamente com a jornalista Andréia Debon, participou do Fórum delle Donne del Vino com o tema “O cenário do Vinho – Evolução e Perspectivas”, que aconteceu no terceiro dia na feira Simei, em Milão, na Itália. O evento reuniu mulheres de diversos países, como: Itália, Argentina, Croácia, França, Geórgia (Balcãs), Alemanha, Nova Zelândia, Peru, Canadá, Austrália, Espanha, para troca de ideias e experiências do setor.
A associação Le Donne del Vino liderada pela presidente Donatella Cinelli Colombini, que é proprietária de duas vinícolas na Toscana, tem cerca de 1018 membros. A associação feminina de enologia da Itália, é a maior e mais ativa a nível internacional . “Num mundo cada vez mais dividido, as mulheres demonstram como é possível colaborar alavancando o que as une: a vontade de melhorar profissionalmente, derrotar a desigualdade de gênero e promover a cultura do vinho”. Além disso, as mulheres têm cada vez mais representatividade e atuação neste setor. “Hoje as mulheres são diretamente responsáveis por cerca de 80% das compras de vinho no mundo”, ressalta Donatella.
Em conversa com a representante da CCIRS, Donatella certificou-se que o Brasil tem um grande potencial para criar a sua própria entidade e congregar as mulheres que atuam na ampla cadeia do setor enológico. Para tal, é necessário iniciar um percurso para reunir todas as categorias e, assim, formar uma associação oficial, que tenha como objetivo a promoção do vinho em todas as suas formas. Depois de criada essa associação, a mesma poderia participar, de forma integrada, de fóruns e eventos a exemplo das comitivas de mulheres que participaram da Simei.
No ponto alto do fórum, a presidente Cinelli Colombini apresentou os projetos implementados pela Associação Nacional de Mulheres do Vinho e o Acordo de Parceria que vinculará futuramente as 11 associações de mulheres do vinho no mundo.
O encontro de Milão certamente foi ambicioso de criar uma rede mundial de associações femininas do setor, das quais a italiana é certamente a maior e mais organizada e que deve servir de modelo. Esperemos que o Brasil em breve, possa ter uma representação associativa feminina do setor enológico, para o fomento da cultura do vinho através de atividades sócio educativas, culturais e econômicas a nível internacional.
Edição: Su Maestri