A Starbucks é reconhecida mundialmente como a rede de café mais famosa, e esse reconhecimento tem seus méritos. Embora os clientes sejam verdadeiramente apaixonados pelo produto, estão em busca de uma experiência cada vez mais especial. Para atrair ainda mais a atenção de seus clientes, cinco de suas lojas estão se destacando por serem completamente diferentes das demais. Isso é resultado de uma curadoria cuidadosa, que está atenta às opiniões e sugestões dos consumidores.
Trata-se da Starbucks Reserve, conceito que pode ser encontrado em Seatle, nos Estados Unidos; em Shangai, na China; em Milão, na Itália; em Tóquio, no Japão; e finalmente, no coração de Nova Iorque. Nas lojas Reserve, o cliente tem a oportunidade de conhecer a origem dos cafés utilizados na produção da bebida, além de entender como o processo de transformação do grão ocorre.
Miriã Plens, CMO do Grupo IRRAH, recentemente visitou a loja conceito da Starbucks em Nova York e avalia: “Uma cafeteria consegue inovar? A Starbucks mostra que sim. Ela remodelou a forma de atender. Antes, a ideia era ser um local para pegar o café e ir cuidando da vida. Hoje, ela está muito mais para um fast food.” Segundo Miriã, a Starbucks soube observar atentamente seu público-alvo e, ao perceber diferentes perfis, não hesitou em mudar. “Criou uma loja que proporciona uma experiência incrível. São processos que transformam a vida do cliente. Hoje, você consegue ir até a loja, fazer seu trabalho home office, uma reunião, claro, tomando um café deles, tranquilamente e com conforto”, enfatiza.
Além de estar atenta às mudanças históricas, temporais e culturais da sociedade, a Starbucks também sabe mesclar com elegância tecnologia e empatia, uma palavra de origem grega que basicamente significa “se colocar no lugar do outro”. Assim, a marca demonstra ao mundo que é possível construir uma grande empresa com o coração e ainda assim ser lucrativa, algo que não é comum em todas as cafeterias. Logo ao fazer o pedido, por exemplo, o cliente é recebido com um sorriso caloroso do colaborador, que se apresenta dizendo seu nome e país de origem.
O atendimento diferenciado, com um atendente interessado em saber de onde você é e compartilhando um pouco de sua origem, é extremamente inteligente”, destaca João Ricardo, CEO da All Hands Educação, parceira do grupo IRRAH. “Isso nos alerta para uma tendência atual: embora vivamos em um mundo cada vez mais digital, a afetividade no atendimento muitas vezes fica em segundo plano. A nova geração valoriza muito esse contato humano, e a Starbucks soube estabelecer essa conexão de forma excepcional”, acrescenta. Nesse sentido, João ressalta que o exemplo da gigante do café pode ser replicado por qualquer outro empreendimento, pois atender bem nunca sai de moda. “As marcas contam histórias. Cafeterias em qualquer lugar podem adotar essa abordagem e agregar valor monetário a ela”, enfatiza.
As Collabs (sigla em inglês para parcerias) com outras marcas de relevância no mercado também impulsionam o nome daempresa. A Starbucks já realizou campanhas especiais com produtoras de café e, no Brasil, por exemplo, em 2022, a colaboração com a FARM Rio trouxe uma vibe tropical à marca. Naquela época, a parceria incluía produtos com cores e formas inspiradas na natureza brasileira, além de decorar a icônica sereia de duas caudas, marca emblemática da Starbucks, com cachos de banana.
Dessa forma, a multinacional norte-americana, por ser muito mais do que uma simples vendedora de café, se tornou um verdadeiro case de sucesso. As lições aprendidas são claras: é determinante compreender o seu público e nutrir interesse por ele; adaptar-se não é apenas necessário, é saudável; e, por fim, conduzir o negócio com amor e alma.
Sobre a Starbucks:
Os fundadores da marca eram simplesmente apaixonados por café e adoravam compartilhar essa experiência. Inicialmente, em 1971, sem grandes ambições, deram origem a uma marca. Hoje, é um império com mais de 30 mil lojas pelo mundo e um faturamento anual acima de US$ 1 bilhão (em 2023).