Programa para promover a integração do Brasil ao COI traz atividades educacionais e oportunidades de networking com agenda de ações nas cidades de São Paulo, Brasília e Santa Maria (RS)
Mais uma vez no Brasil, o Conselho Oleícola Internacional (COI), Organização intergovernamental única do mundo que reúne os produtores e consumidores de azeite de oliva e azeitona de mesa, com sede em Madrid, na Espanha, desembarca no Brasil nesta semana para a realização de uma série de atividades no País, que ainda não é membro do conselho.
A primeira atividade programada é Curso de Análise Sensorial de Azeites Virgens, para profissionais da área, imprensa e autoridades, entre os dias 28 de outubro a 06 de novembro, em São Paulo (SP). Os participantes foram selecionados a dedo pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, para posterior validação pelo COI, para que pudessem integrar o corpo de alunos.
O objetivo é de conscientizar o mercado para a necessidade de um controle cada vez mais eficaz da qualidade, pureza e autenticidade dos azeites de oliva que são comercializados no mundo, especialmente nos novos países consumidores de azeite de oliva, ou seja, reforçar a adoção global dos padrões do COI.
Para o curso no Brasil, o COI convidou as professoras Ana Claudia Ellis, Líder do Painel de Degustação de Azeite Virgem (COI) da Universidad de la República, Uruguai, e a professora Susana Mattar, Chefe do Painel de Degustação da Universidad Católica de Cuyo, Argentina. Habitualmente, o COI convida especialistas em azeite de oliva de seus países membros para colaborar na busca de novos métodos mais precisos e confiáveis, especialmente para detectar fraudes, com base em avanços técnicos e novos dados e pesquisas científicas. “O COI é o fórum ideal para promover a cooperação entre países produtores e consumidores, tanto em reuniões formais de representantes dos países membros quanto em reuniões do comitê consultivo, que facilita o intercâmbio com o setor produtor, a indústria e os consumidores. 45 países são membros atualmente, embora a UE atue como um único membro. Juntos, eles respondem por cerca de 95% da produção mundial de azeite de oliva e de azeitona de mesa. Também temos importantes países consumidores que participam como observadores, como os EUA, o Brasil e o Peru. Vamos aproximar o COI das novas regiões produtoras e dos principais países consumidores para incentivar ainda mais essa cooperação”, diz Jaime Lillo, Diretor Executivo do COI, em entrevista ao Portal Interempresa, em fevereiro desse ano.
Com duração de cinco dias, o “Curso de Formação em Análise Sensorial de Azeites Virgens”, será realizado em São Paulo e trará experiências sensoriais e degustações. O objetivo é fortalecer as conexões do mercado com os padrões do COI, cultivar uma apreciação mais profunda pelo azeite de oliva e ajudar profissionais da área, empresas, imprensa e autoridades a reconhecer os azeites de oliva adulterados.
A ideia é que os participantes aprimorem a compreensão das principais questões, como os fatores que influenciam a qualidade do azeite de oliva extravirgem e os critérios de qualidade e pureza, além de aprenderem sobre a análise sensorial dos azeites.
O Brasil é o segundo maior importador mundial de azeite de oliva, consumindo cerca de 62 mil toneladas. Com o aumento significativo a cada ano, o COI preparou ainda outras atividades diretamente com os produtores do Rio Grande do Sul, além de importadores brasileiros e autoridades em Brasília.
Ao lado de Jaime Lillo, agenda no Brasil contará com a presença de María Juárez (Chefe da Unidade de Promoção e Assuntos Econômicos).
Da capital paulista, a comitiva do COI segue para as cidades de Santa Maria (RS) e Brasília (DF) onde realização reuniões, palestras, seminários e encontros com jornalistas, especialistas no tema, empresários e representantes de associações e ministérios.
Uma combinação de palestras, discussões e visitas de campo para criar oportunidade única para o COI fortalecer suas conexões com o setor no mercado brasileiro e promover a conscientização sobre sua missão e seus padrões.
Saiba mais em www.internationaloliveoil.org